segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Do que você tem medo?

"O maior erro que você pode cometer, é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum."


Parece que ao nascer recebemos o "kit" sobrevivência que vem carregado de inúmeras sensações que somos submetidos ao longo da nossa vida buscando enfrentar muitos deles quase que sozinhos. Ainda pequenos, os medos parecem infinitos e a superação deles parece impossível. O medo de dormir no escuro, o medo daquele barulho na porta semiaberta, o medo do que pode existir embaixo da cama, dentro daquele armário ou atrás daquela cortina que tenta diminuir a luz do poste lá na rua. Aos poucos, tu cresces, mas aqueles medos antigos, agora bobos, dão espaço em outras proporções, para medos ainda maiores e num formato impressionante de provação: ter medo que teus pais descobrissem teu péssimo desempenho escolar, medo de rodar no vestibular, medo de não ter amigos de verdade, medo de perder um ano ou alguns amigos.

Mais uma vez tu superas a fase e quando pensa que abandonou por vez os medos que te cercava, tu continua crescendo e os medos parecem te acompanhar de forma avassaladora. Já adulto, tu percebes que na verdade tens medo de tudo: de ter perdido tempo, de ter perdido amores, de ter perdido a juventude e acaba sentindo medo de não conseguir encontrar a tua outra metade, medo de não conseguir realizar teus sonhos, medo de não conseguir um emprego melhor, medo de não conquistar o diploma desejado, medo de não adquirir tuas coisas, medo de não estar cercado de pessoas do bem, medo de perder tua família, medos e mais medos, de tudo, de todos, vindo de todas as partes.

Há ainda quem deseje com todas as forças que a nossa vontade seja maior que o nosso medo, e é neste momento que tu deverás compreender o que queres de hoje em diante. Vale a pena deixar de viver ou arriscar-se apenas e exclusivamente pelo medo de não saber o que te espera? E se este mesmo medo te afastar daquilo que de repente pode ser o que realmente faltava na tua vida? Afinal, como diria William Shakespeare, "nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar", e assim somos eternizados como medrosos impostos pelo kit sobrevivência que herdamos ao nascermos.

Busque superar o teu medo na mesma velocidade que tu preserva a tua liberdade. Sejam livres e coerentes com suas escolhas, afinal, elas poderão valer anos de suas vidas e tudo dependerá do quanto estiverem dispostos a apostarem. Afinal, ainda assim é melhor tentar e falhar, do que estar sempre preocupado e assistindo a vida passar. É melhor insistir na tentativa mesmo que em vão, do que esperar sentado fazendo nada até o final. Ainda prefira o doce sabor da caminhada na chuva, do que preferir estar escondido em dias frios dentro de casa. Prefira ser feliz, embora considerado louco, que em conformidade apenas viver.

Por fim, sejas livre! Não permita que a saudade te sufoque ou que a rotina te acomode ou que o medo te impeça de tentar. Desconfie do destino e mesmo assim acredite em você ou naquele que está te oferecendo às mãos, os braços, a mente, o coração. Invista mais horas realizando do que sonhando, mais horas fazendo do que planejando, mais horas vivendo do que esperando. Aproveite a tua liberdade de decidir sobre teu futuro para que no final, tu saibas que embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive com certeza já morreu.

Se alguém merece uma chance, esse alguém, é VOCÊ!

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