sábado, 8 de março de 2014

Mulheres: ame sem moderação.



 "Um amigo homem não vai reparar se você está com ou sem maquiagem, não vai falar da sua roupa, vai te xingar muito, vai pedir conselhos para conquistar uma garota e vai te tratar como uma irmã."


"Já tive mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores. Com umas até certo tempo fiquei, pra outras apenas um pouco me dei. Já tive mulheres do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida. Casada carente, solteira feliz, já tive donzela e até meretriz", assim já dizia a canção "Mulheres" interpretada majestosamente pelo grande Martinho da Vila. Tocado pelas inúmeras manifestações nas redes sociais, programas de televisão e propagandas durante o dia de hoje, parei para pensar em todas mulheres que passaram pela minha vida ao longo da minha existência.

Começando pelo eterno amor maior: minha mãe. Ela que me carregou no ventre durante os nove meses, me desejando e traçando nos pensamentos como ela queria que eu fosse. Ela que suportou dores, medos, angustias e abriu mão de muitas coisas para que eu pudesse hoje ter a minha própria vida. Me ensinou através de atitudes e palavras o quanto devemos respeitar o próximo, o quanto devemos agradecer pela vida e acima de tudo o quanto nos tornamos melhores fazendo o bem ao próximo.

Ela, consequentemente foi responsável pela vinda de todas próximas mulheres na minha vida construindo assim uma ligação com todos acontecimentos que o tempo se encarregaria de trazer para o meu cotidiano. Sendo o caçula, foi dentro de casa que aprendi o valor do respeito tendo como norte não fazer para nenhuma futura mulher que viesse a fazer parte da minha vida o que eu não gostaria que fizesse para as minhas duas outras paixões: minhas irmãs. 

Consequentemente, na adolescência e em parte da minha vida já como adulto, tive e continuo tendo todo tipo de mulher: umas cabeças, outras desequilibradas, umas confusas, outras de guerra e muitas de paz. Umas foram mentiras, outras foram repletas de verdades, por algumas realmente certo tempo fiquei, por outras só me permiti um pouco me doar. Mas todas, sem exceção, deixaram e levaram muitas histórias.

Com algumas planejei futuro, também me trouxeram calma, levaram de mim sorrisos, desejei ter filhos, sonhei com casamentos emocionantes, me permiti estar apaixonado, umas apenas fiquei, outras beijei por beijar, algumas transei pelo tesão, e a maioria fiz amor de verdade e com vontade. Cada uma levou um pouco do que eu tinha de melhor e me deixaram o que elas tinham de melhor também. Aprendi a ser pai mesmo não sendo aquele que fez, aprendi a ser marido mesmo não estando casado no papel. Aprendi a ser amante, mesmo não precisando fazer sexo, aprendi a dar prazer sem precisar trocarmos carícia. Aprendi a ser fiel mesmo não tendo relacionamento amoroso, aprendi a ser homem mesmo não tendo uma mulher.

De todas ficantes, namoradas, amigas, irmãs, sobrinhas, descobri que realmente não somos nada sem elas. E quando digo isso, não estou me referindo apenas ao envolvimento natural do "acasalamento", isso entra no artigo da vontade e desejo sexual. Estou falando da gratidão, da necessidade vital das relações entre seres humanos. E isso serve aos críticos de plantão que acham humanamente impossível uma relação amigável entre um homem e uma mulher, até porque com o tempo, sem sombra de dúvidas o tesão passa, a paixão passa, o desejo passa, mas a amizade continuará permanente e ficará o que for pra ficar.

Assim, fica minha eterna homenagem a cada mulher que faz dos nossos dias a alegria dos “mimimis”, nos despertando a árdua tarefa de compreender o que é estar de TPM e como decifrar o que elas querem dizer mesmo não dizendo absolutamente nada. São elas que conseguem nos transformar de homens incorrigíveis a seres domesticados.

Hoje não tenho uma mulher, tenho várias. E as que eu tenho, quero tê-las pelo resto da minha vida. Amo vocês.

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