terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Somos todos bundões




Quase que sumido definitivamente deste espaço, alguns acontecimentos me inspiraram a novamente escrever, reativar minha capacidade de visão sobre muitas coisas e principalmente sobre eu mesmo. Recentemente ganhei um adjetivo que provavelmente muitos outros seres da minha mesma espécie já foram chamados: BUNDÃO. Provavelmente correrei sérios riscos de levar uma surra de qualquer um dos meus amigos por afirmar meus pensamentos baseado neste adjetivo inovador na minha trajetória. Mas companheiros, essa é a mais pura e triste verdade, somos todos bundões!

Homem, embora sempre queremos parecer O CARA, O COMEDOR, O PERIGOSO DA TURMA e tudo mais que prove nossa virilidade, na real somos todos umas criancinhas choronas. Alguns transvestidos de criancinhas querendo transar com qualquer mulher que aparece na frente. Mas, no fim das contas, a gente não cresceu ainda. A gente é tudo bundão mesmo!

Mas tudo isso é fácil observar num homem, basta analisar com cuidado e cautela. O grande problema de tudo que envolve um homem se resume numa atitude: compromisso, comprometimento. Não é que a maioria não queira casar, não queira namorar, nada disso. Essas coisas a grande maioria acha super legal, principalmente porque alguém precisa tomar conta da gente no final da linha. A mente do homem normalmente é incapaz de compreensão. O homem não quer é transar somente com uma mulher por inúmeras vezes. Sabe por que? Ofereça dois carrinhos de controle remoto para uma criança. Não tem essa história de "escolhe só um". Definitivamente a grande maioria não consegue. A cor de um é mais bacana, mas o outro tem um desenho mais legal, um controle tem adesivo mais bacana... eventualmente, o guri vai escolher um deles e começar a brincar. Mas espere até outro guri aparecer e brincar com o carrinho que ele tinha deixado pra trás. Sabe o que acontece? Confusão! O guri que escolheu um dos carros e o outro que pegou a sobra vão sair no braço, porque o primeiro acha que tem direito sobre todos os brinquedos já que ele chegou primeiro. Na dúvida sobre esse parágrafo, releia novamente. Essa é só uma metáfora sobre a forma que os homens pegam as mulheres. Casar não é e nunca será o problema. O problema é brincar com um só carrinho para o resto da vida na visão de um homem atual.

E isso, meus leitores, é o primeiro sinal de como todo ou a grande maioria do homem é bundão. O infeliz não consegue crescer e entender que a vida é feita de escolhas. Ele insiste em não querer escolher, ele quer ir levando a vida e pronto. Isso tem uma definição: coisas de bundão. Mas vamos em frente. Homem, normalmente não consegue tomar conta de absolutamente nada, a não ser do próprio carro. A maioria não tem ideia do que se deve comprar no mercado, na maioria das vezes não sabe que é necessário limpar a casa mais que uma vez por semana e acham que papel higiênico nasce no banheiro. Experimenta, pergunta pra qualquer um dos teus amigos como se passa uma camisa? Advinha? Ele não sabe. Ou o cara descola uma parceira pra tomar conta dessas coisas complexas (?), ou paga uma empregada. E ainda tem o mais desprezível de todos, que é o cara que não sai da casa da mãe. Resumindo tudo isso: um adulto que não consegue tomar conta das próprias cuecas só poder ser UM BUNDÃO.

Quando tu pensa que chegou na pior parte, tu vê um sujeito que resolve então se casar. Percebe que ele não sabe se cuidar, precisa de atenção e ainda quer comer todas as pessoas. Mesmo assim, ele precisa de ti. É sério. Ele quer tudo, quer também tudo de todos que estão em sua volta. Mas, sem você, o bundão não consegue viver. E não ache que ele vai entender direito quando você disser que não aguenta mais. Quando você der o pé, seu homem vai ficar mal, vai chorar e procurar a primeira pessoa que possa dar toooooooooooooooda atenção que ele precisar - porque é assim que ele sobrevive. Não preciso dizer como isso é coisa de bundão master, né?

Duas pessoas podem viver juntas por muito tempo, completamente infelizes. O homem não vai ligar. Dá pra abstrair com futebol, balada com os amigos e putaria. Só de pensar em separar, o homem pensa em voltar a ser criança e ir morar com a mãe. Dá um puta trabalho, dividir grana, apartamento e todas essas coisas. Ele só faz isso se já tiver outra pessoa, que já está cuidando dele. Então, pra quem sobra o trabalho pesado, o lance todo de ser feliz? Pra mulher. É por isso que na maior parte das vezes, o pé na bunda é feminino. Ela larga e pronto. Vai cuidar das suas coisas, porque já está de saco cheio de cuidar das coisas do cara. E aí ela vai chorar, vai achar que não vale nada, tudo porque não tem mais ninguém pra tomar conta. Loucura, não? Mas na maioria dos casos, é assim mesmo. No final das contas, acho que falta um pouco de auto-estima para as moças. É isso que faz com que os homens possam ser bundões impunemente. Na hora que as minas perceberem que elas é que mandam de verdade (sim, elas mandam. Desculpe, pequenos machos chorões), aí o pau vai comer. O mínimo que você vai ter que fazer pra manter uma namorada é aprender a fazer crochê.

Ou então, tire as fraldas e valorize que tu tem ao teu lado uma companhia e não um parente!


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Talvez


Eis que então, surge mais uma vez a inspiração, sem razões ou motivos aparentes, talvez. E a vida segue provando que nada é definitivo e a única coisa certa talvez de fato seja apenas a morte. Aos poucos nos prova que não importa o quanto tentamos, não importa o quão boas são nossas intenções, sempre cometeremos erros. Também aprendemos nesse viver intenso que iremos machucar pessoas e muito provavelmente também iremos nos machucar e se algum dia buscarmos de fato nos recuperarmos dessas feridas, será necessário apenas duas coisas: esquecer e perdoar. O que dizem por aí, aos quatro cantos, talvez seja um bom e sábio conselho, embora não muito prático. É quase que instantâneo: quando alguém nos machucar, queremos machucá-los de volta na mesma intensidade. Quando alguém errar conosco, queremos imediatamente estar certos. Eis então, mais uma vez, a certeza de que sem perdão, antigos placares jamais empatam, assim como velhas feridas nunca fecham. Assim, no folhar das páginas desse livro que chamamos de vida, o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer de tudo ou talvez somente daquilo que nos consome.


Talvez seja a hora de não mais cobrar amor e sim distribuí-lo. Talvez seja o momento de não mendigar sorriso e sim distribuí-los. Talvez o melhor seja não criticar e fazer logo algo que realmente mude. Talvez o melhor caminho seja não depositar aquelas expectativas nos outros e depositá-las em si. Quem sabe o tempo que percas reclamando sobre a vida, seja o mesmo tempo que terias para abrir a porta e sair em busca de vida. Como diriam os filósofos: "a vida é aquilo que você faz dela, portanto, faça o melhor que puder. Se for pra desistir de algo, que desista de ser fraco...", que assim seja, amém.

Então entre tantos "talvez", substitua tuas ações por mais reações. Troque perguntas por mais respostas. Altere negativismo por mais positivismo. Substitua conceitos carregados de pessimismo por mais otimismo. Deposite mais fé, mais amor, coloque em tudo que for fazer muito "mais", naturalmente estarás eliminando tudo aquilo que for "menos". Assim também perceberás que é totalmente loucura odiar todas as rosas porque em algum momento alguma te espetou. Perceberás que é loucura entregar todos teus sonhos porque um deles não se realizou, assim como será em vão perder a fé em todas as orações porque em uma não foste atendido. Será loucura condenar todas tuas amizades porque uma te traiu, bem como descrer de todo amor porque um deles foi infiel. Será loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma, duas ou algumas tentativa não deram certo. Será loucura desistir sem ao menos tentar.

Por fim meu amigo, nessa caminhada cometa todos possíveis erros e loucuras, mas não comenta a de talvez não tentar. Nunca esqueça que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Afinal, para todo fim, terá sempre um recomeço.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Nem sempre perto, mas sempre pronto



Pois então, aqui estou de novo, por um motivo novo talvez. De repente no final, posso ter certeza da conclusão já nas primeiras linhas de mais este texto: um simples “like” faça de fato toda a diferença.

Embora tu ainda continues à espera da chegada inesperada, do novo desejo arrebatador, da nova fase surpreendente, têm coisas que ainda são inexplicáveis, elas surgem sem nenhuma cerimônia, dispensando convites, apenas surgem como quem vem trazendo malas prontas com a placa pendurada no pescoço anunciando: eu cheguei, e dessa vez vim pra ficar.

Cada um sabe o peso que suporta carregar nas suas bagagens, há quem consiga carregar peso além do necessário, suportando inúmeras coisas, com sentimentos supérfluos e desejos inacabados. Porém, outros, trazem na bagagem somente aquilo que é essencial para sua sobrevivência, no máximo uma muda a mais de roupas, uma caixinha surrada de esperança e vários itens indispensáveis de emoções conferidos um a um no check list dos sentimentos.

Nesse gostar gratuito, ainda recente, motivado pelo único encontro até aqui, tu descobres que a distância não representa absolutamente nada nesse momento, que a falta do segundo encontro visual não te tira nenhum desejo, pelo contrário, esse já se torna quase que incontrolável e o que tu mais queres neste momento é trazer esse “novo” para tua vida que também é nova e necessita de tudo novo de novo. A vida mais uma vez vem bater na tua porta pedindo licença e se acomodando na tua sala, pela varanda, no teu quarto, pelo coração, pela alma, no teu corpo todo, pela casa toda.

Tu passas a desvendar um mundo totalmente diferente, talvez seja porque ambos não sejam nem aqui da Terra, na verdade pouco importa de onde são, importa que ambos estejam, importa que ambos tentem e se tudo permitir importa que tudo seja. Dentro desse turbilhão de sentimentos que aflora como sol que nasce naquele dia frio de inverno, cada novo som, cada nova palavra proferida, te faz tremer dos pés à cabeça e só te faz pensar olhando em frente.

Então eu firmo um pacto não com os outros, mas comigo mesmo de que eu devo manter os meus sonhos numa distância segura da ilusão sendo totalmente prático e realista, mas me permitindo também ser ao mesmo tempo um pouco tanto visionário. Quero acima de todas essas coisas estar pronto para continuar acreditando no ser humano na sua totalidade, mesmo tendo recebido tantos convites para não mais fazê-lo. Acreditar acima de tudo no amor e em todas as formas que ele quiser vir para completar a mudança necessária em nossas vidas.

E aos poucos tu vais descobrindo mil razões novas para sorrir, mas apenas uma para ser feliz. E quando tu perceberes que é ela, e se você achar que é por ela, corra atrás! Conquiste-a! Lute por ela! Faça valer a pena quando acontecer! E diferente de todas as bagagens que tu carregaste e que te magoaram, não desista da nova oportunidade. Saiba protege-la quando qualquer coisa torná-la uma pessoa insegura. Saiba abraçar quando ela estiver triste. Diga que quer, mesmo que seja numa mensagem durante a madrugada ou numa manhã cansado, o importante é surpreendê-la. Assim agarre-a e tente não mais soltar. Fique junto, ao lado, nunca à frente. Faça cocegas, sinta ciúmes e diga que ela é linda de qualquer jeito, mesmo com o cabelo amassado depois de inúmeras horas em frente ao trapiche ou num sorriso numa foto qualquer, só faça ela sorrir. Dia após dia. Imagine que isso agora é lei. E siga!

Seja você mesmo que automaticamente conquistarás uma grande parte dela, ou quem sabe toda. Não a deixe sozinha nunca, mesmo que daqui há alguns dias o físico esteja a muitas horas de distância - será apenas momentâneo. Afinal, sabendo cuidar, conquistar, proteger, abraçar, surpreender, tenho certeza que nada, absolutamente nada te fará desistir e no final, a pessoa voltará, se é que ela de verdade se vai...

Afinal viver é bem isso: renovar-se a cada novo dia, reinventar-se de todas as maneiras possíveis, superar teus próprios limites, revestir-se de fé, amor e ousadia. Viver é arriscar, é cair, é levantar, é prosseguir, é voar. Leve na bagagem apenas amor, o resto pode ter certeza que lá tem e de sobra. E que o encontro seja logo, talvez mais tarde, essa semana, na outra, nas próximas e quem sabe até a eternidade. Eu quero. E que assim seja. É hora de manter os laços, afinal, o primeiro nó já foi dado. E isso é sério, palavra de escoteiro!