Ao longo da nossa vida somos brindados por uma porção de datas. Data do nascimento, data que cai o primeiro dente, data da primeira palavra, dos primeiros passos, data do primeiro amor, data do primeiro dia na escola, da primeira viagem, da primeira experiência, da primeira decepção, do primeiro emprego, do primeiro dia de formado, do primeiro dia de solteiro... eis então, que tudo que tem um fim, merece também um novo começo. E o primeiro dia daquele recomeço também vem com uma data especial: HOJE. Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge não apenas mais um data para colecionar entre tantas outras que lutamos para não esquecer, há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás nasce uma porção de novos sentimentos que a cada novo dia parece irreal de tão puro, de tão verdadeiro que vem brindando esta vida.
Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge um "admirador secreto" cuja identidade aos poucos foi ganhando forma e peso, cujo tamanho é imensurável, em outras palavras, parece tão perfeito demais para ser verdade. Nesses trezentos e sessenta e cinco dias, teve diversas datas também: datas de choros, de sorrisos, de despedidas, de retornos, de "sai daqui" ou de "volta logo", normal do cotidiano de quem acredita no amor, de quem é do bem, de quem tem um brilho no olhar cada vez mais difícil de se encontrar...
Arrisco em escrever que há exatos trezentos e sessenta e cinco dias eu aprendi o verdadeiro sentido de uma porção de palavras: carinho, companheirismo, proteção, paixão, cuidado, amizade, pureza, sinceridade e também sei que ainda tenho diversas outras para explorar nesse mundo que ainda tem muito a ser explorado.
Talvez nem nos sonhos mais distantes eu conseguiria chegar tão perto de uma porção de sensações vividas nesses trezentos e sessenta e cinco dias percorridos e alimentados inúmeras vezes pela persistência dele, pela paciência dele, pela insistência dele, pela compreensão dele, pelo apoio dele... talvez hoje, na prática, eu consiga de fato chegar a conclusão de que viver junto é exatamente isso: viver cada dia como se fosse o primeiro.
Dizem por aí que não existe nada insubstituível nessa vida, que a gente se acostuma rápido com as coisas boas e que o ser humano é capaz de mudar sempre. E não é que quem tanto dizia isso, tinha absolutamente razão?? Afinal, se tem uma coisa que eu não quero mudar de jeito nenhum do dia 8 de julho de 2014 para cá, essa coisa tem um nome: é o amor.
