terça-feira, 9 de junho de 2015

É hora de ir embora


Mas então, depois de meses ausente, as circunstâncias, a necessidade, a vontade e uma série de outros fatores me trouxe até aqui de novo - talvez como uma luz no final do túnel, que insiste em não se apagar por mais extenso que seja este túnel.
Hoje li um texto que baseado nele, quero transcrever o meu. Cheguei a conclusão que é preciso ir embora. Talvez ir embora seja de fato a melhor maneira para que possamos entender que não somos tão importantes assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Algumas pessoas nascem, outras morrem, umas casam, outras separam e muitas conseguem resolver os problemas que antes nós acreditávamos que só nós seríamos capazes de resolver. Dói, mas é exatamente isso: ninguém precisa de ti pra seguir vivendo - isso é fato!
E quando escrevo ninguém, isso inclui nossa mãe, nosso pai, nossos amores, desamores, absolutamente ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma visão distorcida da importância do próprio umbigo e quando percebe que ninguém é insubstituível ou imprescindível - meu Deus, parece o fim do mundo.
Mas é preciso dar tchau. Se mandar, é preciso ir embora mesmo. Talvez só indo embora seja possível perceber que somos importantes sim! Seja por cinco minutos, seja por cinco anos. Quem sente tua falta não sente menos ou mais porque tu foi embora - apenas sente por muito mais tempo!! O sentimento aí não muda, algumas pessoas nunca vão esquecer do teu aniversário, tu estando aqui ou em outro lugar no mundo. Quem sente tua falta vai sempre sentir e agir - é instantâneo, é verdadeiro, é vital.
Por mais que tu te sintas só, em alguma parte das boas pessoas que contigo convivem, terá quele seleto e especial grupo de amigos que vai dizer ao te enxergar: "que saudade de ti"... ou quem sabe "escuta este áudio que tá carregado de saudade", ou ainda, "escutei uma música e lembrei de ti", ou mais dramático ainda, "abre a porta que tô passando na tua casa"...
Tem momentos na vida que é mais fácil viver da saudade do que tentar entender as razões. Então, neste momento, é hora realmente de "ir embora". Ir embora do trabalho que atormenta. Ir embora daquela relação que não dá mais certo. Ir embora daquela turma que está presente só quando convém. Ir embora da casa dos pais. Ir embora da cidade. Do Estado. Do país. Do mundo. O negócio é partir, por minutos, por meses, por anos ou pra vida inteira. Se ausente, nem que seja pra em algum momento tu encontrar contigo mesmo.
E quando voltares - e se voltares - vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima daquele morro ou do avião. Porque uma coisa é absolutamente certa: desculpas e pré ocupações sempre vão existir. Basta tu decidires encarar as coisas como elas realmente são - do tamanho de formigas!