quarta-feira, 8 de julho de 2015

Por mais 365 dias como os últimos



Ao longo da nossa vida somos brindados por uma porção de datas. Data do nascimento, data que cai o primeiro dente, data da primeira palavra, dos primeiros passos, data do primeiro amor, data do primeiro dia na escola, da primeira viagem, da primeira experiência, da primeira decepção, do primeiro emprego, do primeiro dia de formado, do primeiro dia de solteiro... eis então, que tudo que tem um fim, merece também um novo começo. E o primeiro dia daquele recomeço também vem com uma data especial: HOJE. Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge não apenas mais um data para colecionar entre tantas outras que lutamos para não esquecer, há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás nasce uma porção de novos sentimentos que a cada novo dia parece irreal de tão puro, de tão verdadeiro que vem brindando esta vida.

Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge um "admirador secreto" cuja identidade aos poucos foi ganhando forma e peso, cujo tamanho é imensurável, em outras palavras, parece tão perfeito demais para ser verdade. Nesses trezentos e sessenta e cinco dias, teve diversas datas também: datas de choros, de sorrisos, de despedidas, de retornos, de "sai daqui" ou de "volta logo", normal do cotidiano de quem acredita no amor, de quem é do bem, de quem tem um brilho no olhar cada vez mais difícil de se encontrar...

Arrisco em escrever que há exatos trezentos e sessenta e cinco dias eu aprendi o verdadeiro sentido de uma porção de palavras: carinho, companheirismo, proteção, paixão, cuidado, amizade, pureza, sinceridade e também sei que ainda tenho diversas outras para explorar nesse mundo que ainda tem muito a ser explorado.

Talvez nem nos sonhos mais distantes eu conseguiria chegar tão perto de uma porção de sensações vividas nesses trezentos e sessenta e cinco dias percorridos e alimentados inúmeras vezes pela persistência dele, pela paciência dele, pela insistência dele, pela compreensão dele, pelo apoio dele... talvez hoje, na prática, eu consiga de fato chegar a conclusão de que viver junto é exatamente isso: viver cada dia como se fosse o primeiro.

Dizem por aí que não existe nada insubstituível nessa vida, que a gente se acostuma rápido com as coisas boas e que o ser humano é capaz de mudar sempre. E não é que quem tanto dizia isso, tinha absolutamente razão?? Afinal, se tem uma coisa que eu não quero mudar de jeito nenhum do dia 8 de julho de 2014 para cá, essa coisa tem um nome: é o amor.

terça-feira, 9 de junho de 2015

É hora de ir embora


Mas então, depois de meses ausente, as circunstâncias, a necessidade, a vontade e uma série de outros fatores me trouxe até aqui de novo - talvez como uma luz no final do túnel, que insiste em não se apagar por mais extenso que seja este túnel.
Hoje li um texto que baseado nele, quero transcrever o meu. Cheguei a conclusão que é preciso ir embora. Talvez ir embora seja de fato a melhor maneira para que possamos entender que não somos tão importantes assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Algumas pessoas nascem, outras morrem, umas casam, outras separam e muitas conseguem resolver os problemas que antes nós acreditávamos que só nós seríamos capazes de resolver. Dói, mas é exatamente isso: ninguém precisa de ti pra seguir vivendo - isso é fato!
E quando escrevo ninguém, isso inclui nossa mãe, nosso pai, nossos amores, desamores, absolutamente ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma visão distorcida da importância do próprio umbigo e quando percebe que ninguém é insubstituível ou imprescindível - meu Deus, parece o fim do mundo.
Mas é preciso dar tchau. Se mandar, é preciso ir embora mesmo. Talvez só indo embora seja possível perceber que somos importantes sim! Seja por cinco minutos, seja por cinco anos. Quem sente tua falta não sente menos ou mais porque tu foi embora - apenas sente por muito mais tempo!! O sentimento aí não muda, algumas pessoas nunca vão esquecer do teu aniversário, tu estando aqui ou em outro lugar no mundo. Quem sente tua falta vai sempre sentir e agir - é instantâneo, é verdadeiro, é vital.
Por mais que tu te sintas só, em alguma parte das boas pessoas que contigo convivem, terá quele seleto e especial grupo de amigos que vai dizer ao te enxergar: "que saudade de ti"... ou quem sabe "escuta este áudio que tá carregado de saudade", ou ainda, "escutei uma música e lembrei de ti", ou mais dramático ainda, "abre a porta que tô passando na tua casa"...
Tem momentos na vida que é mais fácil viver da saudade do que tentar entender as razões. Então, neste momento, é hora realmente de "ir embora". Ir embora do trabalho que atormenta. Ir embora daquela relação que não dá mais certo. Ir embora daquela turma que está presente só quando convém. Ir embora da casa dos pais. Ir embora da cidade. Do Estado. Do país. Do mundo. O negócio é partir, por minutos, por meses, por anos ou pra vida inteira. Se ausente, nem que seja pra em algum momento tu encontrar contigo mesmo.
E quando voltares - e se voltares - vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima daquele morro ou do avião. Porque uma coisa é absolutamente certa: desculpas e pré ocupações sempre vão existir. Basta tu decidires encarar as coisas como elas realmente são - do tamanho de formigas!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Tudo que você quiser



Sim, hoje eu preciso confessar tudo que me faz gostar tanto desse amor quase impossível. Percebi ao longo desse tempo que eu deveria me entregar e que no fundo eu gosto mesmo é do jeito que tu fala comigo, da forma carinhosa que tu pronuncia meu nome ou das inúmeros formas que tu resolve me chamar carinhosamente. Gosto quando tu resolve colocar a palavra MEU antes de qualquer frase para falar sobre nós. Sim, só assim, consigo me sentir teu, todo teu, e se é pra me sentir propriedade, que tu sejas quem me administra. Gosto do jeito que tu sussurra no meu ouvido, do jeito que as palavras bailam na minha mente e percorrem por toda minha alma indo direto em direção ao meu coração. E é do teu olhar que vem a melhor parte: ele me envolve, me faz perceber que não preciso de mais nada, mas não custa nada também me entregar uma porção de sorrisos do tipo igualzinho ao teu. Gosto ainda mais da forma que entrelaça tuas mãos nas minhas e como tu brincas com os meus dedos e faz questão sempre de dizer como ficaria bem uma aliança no meu dedo anelar, e de forma boba, de como tu sorri só de imaginar. Gosto mesmo quando tu me inclui no teu presente e em todos os teus planos futuros... E assim, me faz gostar ainda mais de ver cada expressão tua, seja ainda dormindo, ou fazendo alguma coisa que requer tanta atenção, cada gesto teu, só teu, me faz me sentir completo. Gosto muito mais da forma que tu cuidas de mim, das tuas ações, manifestações, gestos, trejeitos e da forma como tu cuida do próximo - o que te faz ser ainda mais especial. E assim percebo, que no fundo eu gosto de ti por inteiro – inclusive dos teus defeitos, que não são poucos, mas nem demais pra me fazer ficar longe desse amor verdadeiro. Gosto da forma que tu me torna único aos teus olhos. Gosto de ser teu amor e de exalar amor por ti a cada novo amanhecer. Gosto, e te amo de todas as formas possíveis e de todos os ângulos cabíveis. Gosto da nossa vivencia, da convivência, do nosso laçar, da nossa eternidade, mesmo que passageira neste plano terrestre… Gosto, e como eu gosto. Gosto tanto, que eu roubo um trecho de uma música que define exatamente o que eu sinto por ti. Então assim, quero te dizer além das breves linhas que formam este meu desabafo, que eu troco minha paz por um beijo teu, que eu troco meu destino pra viver o teu, que eu troco minha cama pra dormir na tua, que eu troco mil estrelas pra te dar a lua, e tudo que você quiser, e se você quiser, sim, eu te dou o meu sobrenome. Aceita?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

2.015 formas de inspirar transpirando amor



Dos trechos da música “transpiração” de Ney Matogrosso, me inspiro a escrever mais este emaranhado de letras que transmitem aquilo que sinto em breves momentos só. Aprendi ao longo dos últimos 365 dias tanta coisa que uma postagem talvez seja insuficiente para compartilhar uma porção de sentimentos e mapear trilhos percorridos que me trouxeram chorando e sorrindo até aqui. Mas então, a inspiração vem exatamente de onde?

Li certa vez uma frase de um escritor famoso que concluía da seguinte forma “ostra feliz não faz pérola”, foi então que percebi que somente diante as adversidades da vida é que nós costumamos produzir. Por ora, chegamos a magnífica conclusão de que tudo tem seu lado positivo, seja diante de alguma decepção, de dor, daquele sofrimento, de um amor ou de uma paixão, são nestas circunstâncias que aprendemos a escrever crônicas, nos tornamos compositores, outros passam a pintar, alguns mais ousados escrevem poesias e outros, como eu, sonham em ter seus textos compartilhados na ânsia de tornar-se também inspiração para alguém que o absorve na mesma intensidade e velocidade que os meus pensamentos fluem para nascer estas singelas linhas.

Uma coisa é certa: nada na vida acontece por acaso. Talvez a inspiração venha das “entrelinhas de um livro, da morte de um ser vivo; das veias de um coração; vem de um gesto preciso; vem de um amor vem do riso; vem por alguma razão; vem pelo sim pelo não; vem por uma gaivota; vem pelos bichos da mata; vem lá do céu vem do chão; vem da medida exata; vem dentro da tua carta; vem pela transpiração; A inspiração vem de onde? De onde? Talvez das linhas tortas das mensagens ocultas, acabamos descobrindo diante a angústia, desilusão, dos desenganos, das injustiças e de outros sentimentos prazerosos como alegria e felicidade.

Talvez raramente possamos nos permitir a estar solitários e melancólicos, insatisfeitos consigo mesmo e é nesta hora que precisamos buscar alguma forma de extravasar nossas inquietações, transformando nossos tormentados sentimentos nos mais belos e valiosos caminhos a percorrer, o resultado será único: um mundo novo cheio de oportunidades para colorir.

Vivemos num mundo discriminado, preconceituoso, exclusivista, egoísta, que as vezes o poder e moeda ainda são os fatores que determinam a decisão. Mas, que graça teria a vida, se fosse feita apenas de papel e poesia pra transparecer tal inspiração?

Que o mundo não espera e nem pára já aprendemos, e nem é preciso que seja assim. O bom da vida é exatamente isso: podemos mudar como o vento. Como é bom escolher o novo caminho e simplesmente seguir, ir em frente sempre. Isso nos ensina também a não ficar lamentando pelo amor não correspondido, pelos momentos de solidão, pela despedida, pela morte, pela paixão que já não é mais paixão. Tem coisas que duram o tempo suficiente para nos inspirar a continuar tendo novos amores, novos rumos, novas escolhas, novas medidas, novos sorrisos, novas roupas, novos sentimentos mil.

Que então me permita, encerrar mais este texto, com um trecho de uma música popular de natal cujo final modifico sem maiores pretensões: “Quero ver, você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz... quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer, você resistir e sorrir... se você pode ser assim, tão enorme assim, eu vou crer... que o AMOR existe, que ninguém é triste, que no mundo há sempre amor, bom 2015, um feliz 2015, muito amor e paz pra você, pra mim, pra todos nós!