“A ausência faz o coração crescer forte, é complicado, mas a gente deu sorte de se esbarrar e então encontrar alguém pra esperar...”, de repente as coisas mudam de rumo, de cor, de cheiro, de ânimo, de humor, seja no apagar das luzes, no pôr do sol, um pouco meio sem sentido, mas fazendo absolutamente toda a diferença. A mudança também nos faz aprender que não devemos ter culpa se determinadas pessoas, de tão falhas que são não conseguem corresponder o melhor delas que há guardado dentro de nós. De repente aos poucos percebemos que ao nosso lado permanece somente quem faz por merecer. De repente percebemos que junto mesmo só fica quem consegue não ceder às tentações que “puxam” para ir e mesmo assim elas escolhem ficar, sem pedir nada em troca, sem esperar nada de recompensa, talvez amor? Carinho? Sinceridade. Tá certo que todo mundo já sofreu em algum momento nessa vida. Tá certo também que dói muito ser magoado, mas quem escolher ir, tá na hora de dizer: que vá então. De preferência que essa ida seja sem fazer bagunça, sem deixar estragos, apenas pegue o que resta e leve junto, mas vá sem arrependimentos, sem chance nenhuma de querer voltar. A receita é essa e o caminho é exatamente esse. Não resta mais tempo e nem paciência para indecisões. De repente, tu percebes que nem toda perda é sinônimo de derrota. De repente as coisas se tornam tão simples e tão fáceis que aquele mundo que conspirava contra passa a ser o teu verdadeiro aliado. É a recompensa por seres simples, por seres de verdade, por teres lealdade. Talvez com o tempo, o mundo também aprenda que o pior de todos os sentimentos seja sacanear o sentimento alheio – uma das maiores covardias que o ser humano pode causar. Li certa vez uma frase que encaixa perfeitamente com os tempos modernos: “a gente nunca sabe o que perde quando não sabe valorizar o que tem”, talvez algumas pessoas nunca entendam isso: ou porque nunca tiveram ou porque nunca vão ter capacidade de reconhecer. E assim, a vida nos cerca de vários momentos. Perderemos amigos, perderemos amores, perderemos familiares, perderemos oportunidades e vamos ter vários tipos de sofrimentos em cada momento dessas perdas. Mas o pior de tudo será matá-los dentro de nós, às vezes por opção, outras vezes por mera necessidade. Permita-se então deixar que vá. Se quiser ir, parta logo, vá com vontade. Novos amores e novos amigos estão prontos para tomar conta deste lugar. Vá sem fazer barulho, sem estardalhaços e não me obrigue a passar a odiar tudo de bom que a vida me fez guardar de você, que agora, somente estaram na lembrança. Se ainda não entendeu, eu resumo: “Coisas boas se vão, para que melhores possam vir”.