segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Caminhos Diferentes

                                                 Tua bússola é teu coração, é teu guia.


A vida nada mais é que uma longa estrada na qual trilhamos muitas vezes sem planejarmos. Em determinados momentos das nossas vidas, precisamos tomar decisões, cujas respostas virão muito tempo depois ou talvez nunca saibamos realmente se o caminho escolhido foi o correto. Isso tudo pode ser analisando em quase todos campos, seja na escolha da profissão, na escolha de uma casa, na escolha de um carro, na escolha dos amigos, e claro que também na escolha dos amores.

Caminhos se cruzam a todo instante, afinal, ninguém está parado, a vida é uma constante movimentação de idas, vindas, partidas, chegadas. Ao escolhermos darmos um rumo diferente daquele caminho que já estávamos acostumados a percorrer, o maior desafio será desvendar: fizemos realmente certo ou não?

A vida nada mais é do que a busca pelo desconhecido. Colocamos nossas dúvidas sobre o futuro como quem coloca o nome daquela rua desconhecida no GPS: muitas vezes por mais que possamos imaginar como será nos próximos anos, a vida nos surpreende como a tela de um GPS que traça uma rota totalmente diferente da qual imaginávamos aquele percurso. Então, eis que surge uma nova dúvida: seguir o rumo que estávamos acostumados ou desvendar novos caminhos em busca do destino final?

Afinal, qual seria esse destino final? Dúvidas e mais dúvidas.
Talvez só o tempo dirá ou nem ele. O que importa de fato neste momento é a quilometragem percorrida, as experiências adquiridas, o quanto tu precisou abrir mão de tantas coisas pra chegar até o ponto que estás neste exato momento. Ao longo deste percurso, encontrarás pessoas de todos os tipos: viajantes, passageiros, companheiros, anônimos. Leve contigo, na mala do pensamento, o que for realmente indispensável, o resto deixe para trás, aprenda a carregar apenas o que tu pode suportar. Aquilo que for essencial, leve, o supérfluo, deixe. Não esqueça disso.

E no meio desta longa viagem, não terá nada mais gratificante do que encontrar pessoas que te digam que teu caminho percorrido até aqui foi lindo, grandioso e também serve de inspiração, muito embora também terão aqueles que o inveje, torçam contra e queiram mudar através da força da maldade. O bem sempre vence o mal. Não esqueça também disso.

Assim como o rio que corre o seu percurso natural feito por Deus, o que tiver que ser, será. Entre pedras, espinhos, areias movediças, armadilhas, tempestades, terão dias lindos, alegres, cheio de luz e de esperança. Pessoas irão partir, outras pedirão licença para entrar cheias de vontade. O ciclo irá te conduzir a reciclagem. E é nestes dias que tu abrirás mão da tua velha máquina GPS e traçará o teu novo destino, deixando de lado o mapa e seguindo apenas em uma direção: o da felicidade.

Mesmo que em algum momento te percas no caminho, não desanime, não te entregue, segue o rumo do teu coração e continue te alimentando das coisas boas que tu semeia no teu peito. Assim, como o encaixe perfeito, naturalmente novos caminhos se cruzam e novas rotas irão surgir, trilhas e estradas alimentarão tua vida te dando um rumo. Pegue o leme e siga em frente, afinal, não é a toa que o espelho retrovisor é menor que o pará-brisas: é mais importante olharmos agora em frente do que para trás.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Gratidão

Assista o video: http://www.youtube.com/watch?v=nwAYpLVyeFU


De acordo com o dicionário, a palavra gratidão é uma emoção, que envolve um sentimento de dívida emotiva em direção de outra pessoa; frequentemente acompanhado por um desejo de agradecê-lo, ou reciprocar para um favor que fizeram por você. Mas será mesmo que devemos esperar tanto pelo reconhecimento do próximo ou esse deveria ser um ato isolado sem esperar nada em troca?

Durante a madrugada, sem sono, estava conversando com um amigo e recebi como sugestão um video para assistir sobre o sentimento bondade. Seria então esse o segredo para sermos feliz? Quando passamos a fazer o bem ao próximo, seria tão necessário esperar pelo reconhecimento? pelos aplausos? ou o sentimento quando puro, reconhece quem pode, oportuniza quem consegue?

De uns tempos pra cá, é inevitável não fazer uma retrospectiva de que tipo de ser humano nos transformamos. Entre tantas maldades que o mundo oferece, ser bondoso é quase uma raridade. Gratidão está quase em extinção. A sede pelo "venha a nós" supera ao "vosso reino". As pessoas pensam mais em si do que nas outras, aliás, as outras servem quando tu ainda serve, depois, tu te tornas quase que um "ser" descartável como uma "garrafa pet", sendo que esta ainda em algum determinado momento, quando encontrada, servirá para reciclagem.

Aliás, como seria fácil transformarmos o mundo se também pudéssemos reciclar as pessoas, juntar a melhor parte de cada uma e transformarmos pessoas "do mal" em mais pessoas "do bem". Talvez esse seja o papel dos pais do século XXI, oferecer mais amor, buscar valorizar os principais valores e porque não incluir nesta lista de sobrevivência a capacidade de ser bondoso, de ser sempre grato.

Há pessoas nessa vida que não saberão nunca o verdadeiro significado destes dois sentimentos. Hoje em dia, é mais fácil ser bondoso emprestando um carro, uma peça de roupa, uma casa na praia, do que ajudar a atravessar uma rua, juntar uma carteira perdida na rua, oferecer uma flor a uma pessoa desconhecida triste, exatamente como o video nos faz refletir cada minuto, cada passagem.

Gratidão vem lado a lado nessa luta com a bondade. Para alguns o discurso é lindo: sou grato pelo que tu fez por mim, pelo que tu me ajudou, pelo que tu me ofereceu. Na prática, as palavras não servem mais já que neste momento as atitudes demonstram por si só. Que adianta reconhecer, ser grato, mas permitir-se as maldades, os malefícios e viver dos momentos - consequentemente tu voltas a ser a mesma garrafa pet descartável lá do sentimento inicial.

Faça o bem sem esperar receber o mesmo. Dê carinho, sem esperar receber o mesmo. Distribua abraços, sem esperar receber os mesmos. Aproveite que é tempo de compartilhar e curta sua vida com quem realmente mereça participar dela. Não dependa dos outros, ou pelo menos de quem não reconhece o teu valor. Afinal, ser bondoso é amar as pessoas mais do que elas possam merecer. Mas como a nossa meta é não ser igual a ninguém, aprenda uma coisa: "quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós", sendo assim, não trate com prioridade quem não reconhece os teus valores, quem não sabe ser grato através de atitudes e quem no fundo hoje te enxerga como peça descartável. Se para ti, dói tanto ver que aquela pessoa que tu tanto amou hoje se transformou "nisso", lembre-se que tu não pode mudar o passado e se pudesse provavelmente teria feito tudo de novo, afinal, tua essência é essa: proporcionar o bem, mesmo que o outro lado não o reconheça, ou pelo menos, não demonstre.

E quando uma lágrima, uma tristeza ou a fraqueza pensar em rodear teus pensamentos achando que por algum instante tu não foi nada além de uma "garrafa pet", NÃO ESQUEÇA: o mundo é redondo, e o lugar que parece o fim, poderá ser na verdade O COMEÇO".

Continue sendo bondoso, perto de 7 bilhões de pessoas que existem no planeta, essas poucas pessoas que tentam te tirar o sono com certeza absoluta serão a minoria.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Mudanças

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro."


Determinados términos e mudanças sempre vem carregado de uma carga de tristeza. Terminar o ensino médio, por exemplo, nos faz sentir saudade dos colegas, dos lanches da cantina, assim como a conclusão da faculdade, que traz junto a saudade dos tempos que precisávamos nos preocupar apenas com os estudos, com o prazo de entrega dos trabalhos e dos preparativos da formatura. Mas terminar relações nunca foi fácil. Terminar um namoro, por exemplo, por mais que venha com uma carga pesada de saudosismo, tu passa a buscar de alguma forma motivos que te façam voltar a sorrir, mesmo que muitos momentos perdure com motivos que te faça chorar. Nunca pensei que o fim de uma relação de vários anos pudesse trazer reflexões das mais diferentes. Além daquela saudade física daquele que hoje "não é mais nosso", tu passa a perceber que de certa forma tu também foi feliz mais do que poderia imaginar. E a forma que isso se expressa é que se torna mais interessante: no inicio tu passa a lembrar do cheiro da pessoa, e quando estava perto nem percebia. Tu passa a lembrar dos detalhes mais banais como uma nojenta "coçada de garganta", lembra do barulho do alarme do carro ligando ao estacionar em frente de casa, lembra do barulho das chaves largando em cima da mesa de vidro, lembra das roupas jogadas em cima do sofá que te irritava, lembra das compras semanais no supermercado, afinal, o grande vilão dos términos é e sempre será a maldita rotina.

Por mais que machuque, alguns hábitos levarão um tempo pra mudar, apagar dificilmente, não se iluda. De repente tu encontra uma pessoa pela na rua e ela pergunta como anda o "fulano" e na covardia do desapego tu diz que mandará o abraço enviado. Aos que já sabem do término é que vem a parte engraçada: ainda desacreditando que o término chegou ao fim, surgem as apostas e os prazos de que "até certa época tudo estará de volta ao normal", seria uma forma de expressarem que não acreditam que aquela relação, aparentemente saudável e perfeita chegou ao fim ou seria mesmo uma torcida declarada de que deveríamos continuar juntos?

Muitas perguntas, nenhuma resposta. O término de repente pode não ser o fim. É apenas um, vamos renovar. Vamos mudar. Vamos reerguer. Vamos dar um novo rumo as coisas. Conheço tantas pessoas que ficaram o resto da vida lamentando não ter dado certo suas relações e abandonaram o direito livre de viver a vida. Também já ouvi tantas outras histórias de que o tempo é o melhor remédio, seja pra curar a dor ou pra trazer de volta o sorriso. Mas antes de alimentar-se de esperança, o negócio é alimentar-se de desafio. Dar continuidade à vida não significa: Ok, te esqueci! Dar continuidade a vida é, "deixa a vida me levar, vida leva eu."

Tem coisas que não vão mudar, tem cheiros que não vão passar, tem hábitos que não vão ser jamais esquecidos. Os sentimentos mudam, as necessidades passam, as vontades são superadas. O que não pode mudar jamais é a certeza de que só porque um dia se foi feliz, não haverá uma segunda, terceira ou quarta chance. Essa regra talvez sirva apenas para os raios - que não caem no mesmo lugar duas vezes. Com o amor, não existem regras, nem certezas, nem tempo, nem espera. Que seja feita então a minha, a nossa ou a vossa vontade. Ou ainda aqui na terra. Ou quem sabe um dia no céu.