sábado, 8 de julho de 2017

Prefácio de 1.095 páginas


Hoje resolvi reativar meu blog por 1.095 razões e motivos. Talvez difícil enumerá-las num único texto, mas prometo tentar se permaneceres atento parágrafo por parágrafo, letra por letra. A correria do dia-a-dia tem me tirando o sabor de muita coisa: do ficar jogado no sofá sem ter que olhar a agenda com os compromissos; do saborear uma comida com muito carboidrato sem ter que lembrar das quintas-feiras e as benditas medições da nutricionista; do prazer de ir ao cinema semanalmente sem poder faltar alguma aula do curso de graduação; do prazer de escrever sem precisar me preocupar com concordâncias, pontuações e linguística que vem carregada de notas. Hoje então, resolvi apenas escrever ao som de uma música que me remete a um filme e que este filme me remete a minha história. Então, ao som de Carla Bruni decido saborear "Quelqu'un m'a dit" e entender porque um filme e uma letra tem tanta semelhança com a história que vivo: 1.095 dias com ele. Não entendo absolutamente nada em francês, mas pela primeira vez a tradução de uma música parece encaixar perfeitamente (mais uma vez) com a minha vida. Oh semelhanças, nada além de coincidências. 

"Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa, elas passam em instantes como murcham as rosas; disseram-me que o tempo que passa é um desgraçado; que das nossas tristezas ele faz seus casacos; disseram-me que o destino debocha de nós; que não nos dá nada e nos promete tudo; faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos; então a gente estende a mão e se descobre louco."

E não é que a música tem razão? Aliás, somos movidos e embalados por tantas músicas que percebemos que no fundo todos que escrevem tem de fato razão: a vida é realmente um trem bala parceiro! A sensação que tenho hoje é que esses 1.095 dias (três anos) parecem 3.650 dias (dez anos) de muitas coisas boas, algumas ruins. Muitos sorrisos, alguns choros. Muitas conversas, discussões. Muitos arrepios, muitos sonhos, medos, angústias, indecisões, decisões, alegrias, tristezas, muito carinho, alguns puxões, muita sintonia corporal, sentimental, emocional. São tantas coisas iniciadas naquela tarde de 06.07.2014 pontualmente às 13 horas e 38 minutos quando a primeira mensagem chegou no meu celular com duas letras: "Oi".

De lá para cá tenho quase certeza que nunca mais nos desgrudamos. Tentei. Ele tentou. Tentamos. Mas todas tentativas foram em vão. Talvez nesse momento eu percebi que o trecho da música francesa estivesse errando conosco: nossas rosas não murcharam, portanto, o amor também não murchou. As lembranças vivem acesas na minha memória do primeiro, do segundo e da sucessão de encontros seguintes, assim como o "moleton" que a gente carrega como se fosse a prova desse crime que cometemos chamado de amor.

Certa vez ouvi de uma amiga que o barato das relações está justamente em lembrarmos mais das coisas boas do que das tristes que passamos... que o passar dos dias nossa memória fixa exatamente aquilo que de fato serve e vale, os tropeços, as mágoas, as desavenças, as brigas, servem apenas para fortalecer o que de verdade existe, afinal, precisamos estender as mãos, os braços, o corpo, a alma, o coração e deixar a felicidade entrar com o que há mais de puro e verdadeiro, o que a gente não sabe explicar, talvez não saiba falar, mas sabe sentir.

Nessa jornada de 1.095 dias percebi que nossa história daria um bom filme, livro... gênero? por vezes um filme dramático, em outros romântico, em outros ainda pornô, outras vezes uma comédia, mas uma coisa é certa: nosso filme não tem nada de ficção. Por mais que ele tenha nascido exatamente da vontade subjetiva que temos do sonho de encontrar um grande amor, a busca por alguém que te queira e te entenda, a imagem do príncipe encantado - que nem sempre é tão encantado assim, mas isto também faz parte do clichê - a vontade de ser feliz. 

Todos que já passaram por algum tipo de relacionamento se reconhecerão nessa história, nem que seja por um momento apenas, como em um filme ou numa música. Do primeiro olhar até a dificuldade em se declarar. Das tentativas de aproximação até o início do relacionamento. Do encantamento da paixão à rotina e seu inevitável desgaste. O que fazer para mantê-lo. O que fazer para superá-lo. Como agir nos reencontros, quando há um resquício de sentimento envolvido. A fase down, quando tudo parece desmoronar e não há motivação para mais nada na vida. Ah, o dia seguinte.

A resposta, obviamente, não está neste texto. Não está em lugar algum, para falar a verdade. Ninguém sabe o porquê das pessoas se apaixonarem umas pelas outras e o que de especial acontece para que este sentimento brote exatamente por aquela pessoa e por mais nenhuma outra. Ele simplesmente acontece. Exatamente isto é aqui retratado: todo o ciclo de quem se apaixona, do céu ao inferno, da felicidade extrema à vontade de que tudo acabe.

A bem da verdade, encerro este primeiro capítulo aqui, mas a história continua a ser escrita na busca por um final feliz como nos grandes livros e filmes, afinal já que estendemos as mãos e nos encontramos, não faz mal que nos chamem de loucos por querer ir mais além.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Somos todos bundões




Quase que sumido definitivamente deste espaço, alguns acontecimentos me inspiraram a novamente escrever, reativar minha capacidade de visão sobre muitas coisas e principalmente sobre eu mesmo. Recentemente ganhei um adjetivo que provavelmente muitos outros seres da minha mesma espécie já foram chamados: BUNDÃO. Provavelmente correrei sérios riscos de levar uma surra de qualquer um dos meus amigos por afirmar meus pensamentos baseado neste adjetivo inovador na minha trajetória. Mas companheiros, essa é a mais pura e triste verdade, somos todos bundões!

Homem, embora sempre queremos parecer O CARA, O COMEDOR, O PERIGOSO DA TURMA e tudo mais que prove nossa virilidade, na real somos todos umas criancinhas choronas. Alguns transvestidos de criancinhas querendo transar com qualquer mulher que aparece na frente. Mas, no fim das contas, a gente não cresceu ainda. A gente é tudo bundão mesmo!

Mas tudo isso é fácil observar num homem, basta analisar com cuidado e cautela. O grande problema de tudo que envolve um homem se resume numa atitude: compromisso, comprometimento. Não é que a maioria não queira casar, não queira namorar, nada disso. Essas coisas a grande maioria acha super legal, principalmente porque alguém precisa tomar conta da gente no final da linha. A mente do homem normalmente é incapaz de compreensão. O homem não quer é transar somente com uma mulher por inúmeras vezes. Sabe por que? Ofereça dois carrinhos de controle remoto para uma criança. Não tem essa história de "escolhe só um". Definitivamente a grande maioria não consegue. A cor de um é mais bacana, mas o outro tem um desenho mais legal, um controle tem adesivo mais bacana... eventualmente, o guri vai escolher um deles e começar a brincar. Mas espere até outro guri aparecer e brincar com o carrinho que ele tinha deixado pra trás. Sabe o que acontece? Confusão! O guri que escolheu um dos carros e o outro que pegou a sobra vão sair no braço, porque o primeiro acha que tem direito sobre todos os brinquedos já que ele chegou primeiro. Na dúvida sobre esse parágrafo, releia novamente. Essa é só uma metáfora sobre a forma que os homens pegam as mulheres. Casar não é e nunca será o problema. O problema é brincar com um só carrinho para o resto da vida na visão de um homem atual.

E isso, meus leitores, é o primeiro sinal de como todo ou a grande maioria do homem é bundão. O infeliz não consegue crescer e entender que a vida é feita de escolhas. Ele insiste em não querer escolher, ele quer ir levando a vida e pronto. Isso tem uma definição: coisas de bundão. Mas vamos em frente. Homem, normalmente não consegue tomar conta de absolutamente nada, a não ser do próprio carro. A maioria não tem ideia do que se deve comprar no mercado, na maioria das vezes não sabe que é necessário limpar a casa mais que uma vez por semana e acham que papel higiênico nasce no banheiro. Experimenta, pergunta pra qualquer um dos teus amigos como se passa uma camisa? Advinha? Ele não sabe. Ou o cara descola uma parceira pra tomar conta dessas coisas complexas (?), ou paga uma empregada. E ainda tem o mais desprezível de todos, que é o cara que não sai da casa da mãe. Resumindo tudo isso: um adulto que não consegue tomar conta das próprias cuecas só poder ser UM BUNDÃO.

Quando tu pensa que chegou na pior parte, tu vê um sujeito que resolve então se casar. Percebe que ele não sabe se cuidar, precisa de atenção e ainda quer comer todas as pessoas. Mesmo assim, ele precisa de ti. É sério. Ele quer tudo, quer também tudo de todos que estão em sua volta. Mas, sem você, o bundão não consegue viver. E não ache que ele vai entender direito quando você disser que não aguenta mais. Quando você der o pé, seu homem vai ficar mal, vai chorar e procurar a primeira pessoa que possa dar toooooooooooooooda atenção que ele precisar - porque é assim que ele sobrevive. Não preciso dizer como isso é coisa de bundão master, né?

Duas pessoas podem viver juntas por muito tempo, completamente infelizes. O homem não vai ligar. Dá pra abstrair com futebol, balada com os amigos e putaria. Só de pensar em separar, o homem pensa em voltar a ser criança e ir morar com a mãe. Dá um puta trabalho, dividir grana, apartamento e todas essas coisas. Ele só faz isso se já tiver outra pessoa, que já está cuidando dele. Então, pra quem sobra o trabalho pesado, o lance todo de ser feliz? Pra mulher. É por isso que na maior parte das vezes, o pé na bunda é feminino. Ela larga e pronto. Vai cuidar das suas coisas, porque já está de saco cheio de cuidar das coisas do cara. E aí ela vai chorar, vai achar que não vale nada, tudo porque não tem mais ninguém pra tomar conta. Loucura, não? Mas na maioria dos casos, é assim mesmo. No final das contas, acho que falta um pouco de auto-estima para as moças. É isso que faz com que os homens possam ser bundões impunemente. Na hora que as minas perceberem que elas é que mandam de verdade (sim, elas mandam. Desculpe, pequenos machos chorões), aí o pau vai comer. O mínimo que você vai ter que fazer pra manter uma namorada é aprender a fazer crochê.

Ou então, tire as fraldas e valorize que tu tem ao teu lado uma companhia e não um parente!


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Talvez


Eis que então, surge mais uma vez a inspiração, sem razões ou motivos aparentes, talvez. E a vida segue provando que nada é definitivo e a única coisa certa talvez de fato seja apenas a morte. Aos poucos nos prova que não importa o quanto tentamos, não importa o quão boas são nossas intenções, sempre cometeremos erros. Também aprendemos nesse viver intenso que iremos machucar pessoas e muito provavelmente também iremos nos machucar e se algum dia buscarmos de fato nos recuperarmos dessas feridas, será necessário apenas duas coisas: esquecer e perdoar. O que dizem por aí, aos quatro cantos, talvez seja um bom e sábio conselho, embora não muito prático. É quase que instantâneo: quando alguém nos machucar, queremos machucá-los de volta na mesma intensidade. Quando alguém errar conosco, queremos imediatamente estar certos. Eis então, mais uma vez, a certeza de que sem perdão, antigos placares jamais empatam, assim como velhas feridas nunca fecham. Assim, no folhar das páginas desse livro que chamamos de vida, o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer de tudo ou talvez somente daquilo que nos consome.


Talvez seja a hora de não mais cobrar amor e sim distribuí-lo. Talvez seja o momento de não mendigar sorriso e sim distribuí-los. Talvez o melhor seja não criticar e fazer logo algo que realmente mude. Talvez o melhor caminho seja não depositar aquelas expectativas nos outros e depositá-las em si. Quem sabe o tempo que percas reclamando sobre a vida, seja o mesmo tempo que terias para abrir a porta e sair em busca de vida. Como diriam os filósofos: "a vida é aquilo que você faz dela, portanto, faça o melhor que puder. Se for pra desistir de algo, que desista de ser fraco...", que assim seja, amém.

Então entre tantos "talvez", substitua tuas ações por mais reações. Troque perguntas por mais respostas. Altere negativismo por mais positivismo. Substitua conceitos carregados de pessimismo por mais otimismo. Deposite mais fé, mais amor, coloque em tudo que for fazer muito "mais", naturalmente estarás eliminando tudo aquilo que for "menos". Assim também perceberás que é totalmente loucura odiar todas as rosas porque em algum momento alguma te espetou. Perceberás que é loucura entregar todos teus sonhos porque um deles não se realizou, assim como será em vão perder a fé em todas as orações porque em uma não foste atendido. Será loucura condenar todas tuas amizades porque uma te traiu, bem como descrer de todo amor porque um deles foi infiel. Será loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma, duas ou algumas tentativa não deram certo. Será loucura desistir sem ao menos tentar.

Por fim meu amigo, nessa caminhada cometa todos possíveis erros e loucuras, mas não comenta a de talvez não tentar. Nunca esqueça que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Afinal, para todo fim, terá sempre um recomeço.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Nem sempre perto, mas sempre pronto



Pois então, aqui estou de novo, por um motivo novo talvez. De repente no final, posso ter certeza da conclusão já nas primeiras linhas de mais este texto: um simples “like” faça de fato toda a diferença.

Embora tu ainda continues à espera da chegada inesperada, do novo desejo arrebatador, da nova fase surpreendente, têm coisas que ainda são inexplicáveis, elas surgem sem nenhuma cerimônia, dispensando convites, apenas surgem como quem vem trazendo malas prontas com a placa pendurada no pescoço anunciando: eu cheguei, e dessa vez vim pra ficar.

Cada um sabe o peso que suporta carregar nas suas bagagens, há quem consiga carregar peso além do necessário, suportando inúmeras coisas, com sentimentos supérfluos e desejos inacabados. Porém, outros, trazem na bagagem somente aquilo que é essencial para sua sobrevivência, no máximo uma muda a mais de roupas, uma caixinha surrada de esperança e vários itens indispensáveis de emoções conferidos um a um no check list dos sentimentos.

Nesse gostar gratuito, ainda recente, motivado pelo único encontro até aqui, tu descobres que a distância não representa absolutamente nada nesse momento, que a falta do segundo encontro visual não te tira nenhum desejo, pelo contrário, esse já se torna quase que incontrolável e o que tu mais queres neste momento é trazer esse “novo” para tua vida que também é nova e necessita de tudo novo de novo. A vida mais uma vez vem bater na tua porta pedindo licença e se acomodando na tua sala, pela varanda, no teu quarto, pelo coração, pela alma, no teu corpo todo, pela casa toda.

Tu passas a desvendar um mundo totalmente diferente, talvez seja porque ambos não sejam nem aqui da Terra, na verdade pouco importa de onde são, importa que ambos estejam, importa que ambos tentem e se tudo permitir importa que tudo seja. Dentro desse turbilhão de sentimentos que aflora como sol que nasce naquele dia frio de inverno, cada novo som, cada nova palavra proferida, te faz tremer dos pés à cabeça e só te faz pensar olhando em frente.

Então eu firmo um pacto não com os outros, mas comigo mesmo de que eu devo manter os meus sonhos numa distância segura da ilusão sendo totalmente prático e realista, mas me permitindo também ser ao mesmo tempo um pouco tanto visionário. Quero acima de todas essas coisas estar pronto para continuar acreditando no ser humano na sua totalidade, mesmo tendo recebido tantos convites para não mais fazê-lo. Acreditar acima de tudo no amor e em todas as formas que ele quiser vir para completar a mudança necessária em nossas vidas.

E aos poucos tu vais descobrindo mil razões novas para sorrir, mas apenas uma para ser feliz. E quando tu perceberes que é ela, e se você achar que é por ela, corra atrás! Conquiste-a! Lute por ela! Faça valer a pena quando acontecer! E diferente de todas as bagagens que tu carregaste e que te magoaram, não desista da nova oportunidade. Saiba protege-la quando qualquer coisa torná-la uma pessoa insegura. Saiba abraçar quando ela estiver triste. Diga que quer, mesmo que seja numa mensagem durante a madrugada ou numa manhã cansado, o importante é surpreendê-la. Assim agarre-a e tente não mais soltar. Fique junto, ao lado, nunca à frente. Faça cocegas, sinta ciúmes e diga que ela é linda de qualquer jeito, mesmo com o cabelo amassado depois de inúmeras horas em frente ao trapiche ou num sorriso numa foto qualquer, só faça ela sorrir. Dia após dia. Imagine que isso agora é lei. E siga!

Seja você mesmo que automaticamente conquistarás uma grande parte dela, ou quem sabe toda. Não a deixe sozinha nunca, mesmo que daqui há alguns dias o físico esteja a muitas horas de distância - será apenas momentâneo. Afinal, sabendo cuidar, conquistar, proteger, abraçar, surpreender, tenho certeza que nada, absolutamente nada te fará desistir e no final, a pessoa voltará, se é que ela de verdade se vai...

Afinal viver é bem isso: renovar-se a cada novo dia, reinventar-se de todas as maneiras possíveis, superar teus próprios limites, revestir-se de fé, amor e ousadia. Viver é arriscar, é cair, é levantar, é prosseguir, é voar. Leve na bagagem apenas amor, o resto pode ter certeza que lá tem e de sobra. E que o encontro seja logo, talvez mais tarde, essa semana, na outra, nas próximas e quem sabe até a eternidade. Eu quero. E que assim seja. É hora de manter os laços, afinal, o primeiro nó já foi dado. E isso é sério, palavra de escoteiro!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Por mais 365 dias como os últimos



Ao longo da nossa vida somos brindados por uma porção de datas. Data do nascimento, data que cai o primeiro dente, data da primeira palavra, dos primeiros passos, data do primeiro amor, data do primeiro dia na escola, da primeira viagem, da primeira experiência, da primeira decepção, do primeiro emprego, do primeiro dia de formado, do primeiro dia de solteiro... eis então, que tudo que tem um fim, merece também um novo começo. E o primeiro dia daquele recomeço também vem com uma data especial: HOJE. Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge não apenas mais um data para colecionar entre tantas outras que lutamos para não esquecer, há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás nasce uma porção de novos sentimentos que a cada novo dia parece irreal de tão puro, de tão verdadeiro que vem brindando esta vida.

Há exatos trezentos e sessenta e cinco dias atrás surge um "admirador secreto" cuja identidade aos poucos foi ganhando forma e peso, cujo tamanho é imensurável, em outras palavras, parece tão perfeito demais para ser verdade. Nesses trezentos e sessenta e cinco dias, teve diversas datas também: datas de choros, de sorrisos, de despedidas, de retornos, de "sai daqui" ou de "volta logo", normal do cotidiano de quem acredita no amor, de quem é do bem, de quem tem um brilho no olhar cada vez mais difícil de se encontrar...

Arrisco em escrever que há exatos trezentos e sessenta e cinco dias eu aprendi o verdadeiro sentido de uma porção de palavras: carinho, companheirismo, proteção, paixão, cuidado, amizade, pureza, sinceridade e também sei que ainda tenho diversas outras para explorar nesse mundo que ainda tem muito a ser explorado.

Talvez nem nos sonhos mais distantes eu conseguiria chegar tão perto de uma porção de sensações vividas nesses trezentos e sessenta e cinco dias percorridos e alimentados inúmeras vezes pela persistência dele, pela paciência dele, pela insistência dele, pela compreensão dele, pelo apoio dele... talvez hoje, na prática, eu consiga de fato chegar a conclusão de que viver junto é exatamente isso: viver cada dia como se fosse o primeiro.

Dizem por aí que não existe nada insubstituível nessa vida, que a gente se acostuma rápido com as coisas boas e que o ser humano é capaz de mudar sempre. E não é que quem tanto dizia isso, tinha absolutamente razão?? Afinal, se tem uma coisa que eu não quero mudar de jeito nenhum do dia 8 de julho de 2014 para cá, essa coisa tem um nome: é o amor.

terça-feira, 9 de junho de 2015

É hora de ir embora


Mas então, depois de meses ausente, as circunstâncias, a necessidade, a vontade e uma série de outros fatores me trouxe até aqui de novo - talvez como uma luz no final do túnel, que insiste em não se apagar por mais extenso que seja este túnel.
Hoje li um texto que baseado nele, quero transcrever o meu. Cheguei a conclusão que é preciso ir embora. Talvez ir embora seja de fato a melhor maneira para que possamos entender que não somos tão importantes assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Algumas pessoas nascem, outras morrem, umas casam, outras separam e muitas conseguem resolver os problemas que antes nós acreditávamos que só nós seríamos capazes de resolver. Dói, mas é exatamente isso: ninguém precisa de ti pra seguir vivendo - isso é fato!
E quando escrevo ninguém, isso inclui nossa mãe, nosso pai, nossos amores, desamores, absolutamente ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma visão distorcida da importância do próprio umbigo e quando percebe que ninguém é insubstituível ou imprescindível - meu Deus, parece o fim do mundo.
Mas é preciso dar tchau. Se mandar, é preciso ir embora mesmo. Talvez só indo embora seja possível perceber que somos importantes sim! Seja por cinco minutos, seja por cinco anos. Quem sente tua falta não sente menos ou mais porque tu foi embora - apenas sente por muito mais tempo!! O sentimento aí não muda, algumas pessoas nunca vão esquecer do teu aniversário, tu estando aqui ou em outro lugar no mundo. Quem sente tua falta vai sempre sentir e agir - é instantâneo, é verdadeiro, é vital.
Por mais que tu te sintas só, em alguma parte das boas pessoas que contigo convivem, terá quele seleto e especial grupo de amigos que vai dizer ao te enxergar: "que saudade de ti"... ou quem sabe "escuta este áudio que tá carregado de saudade", ou ainda, "escutei uma música e lembrei de ti", ou mais dramático ainda, "abre a porta que tô passando na tua casa"...
Tem momentos na vida que é mais fácil viver da saudade do que tentar entender as razões. Então, neste momento, é hora realmente de "ir embora". Ir embora do trabalho que atormenta. Ir embora daquela relação que não dá mais certo. Ir embora daquela turma que está presente só quando convém. Ir embora da casa dos pais. Ir embora da cidade. Do Estado. Do país. Do mundo. O negócio é partir, por minutos, por meses, por anos ou pra vida inteira. Se ausente, nem que seja pra em algum momento tu encontrar contigo mesmo.
E quando voltares - e se voltares - vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima daquele morro ou do avião. Porque uma coisa é absolutamente certa: desculpas e pré ocupações sempre vão existir. Basta tu decidires encarar as coisas como elas realmente são - do tamanho de formigas!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Tudo que você quiser



Sim, hoje eu preciso confessar tudo que me faz gostar tanto desse amor quase impossível. Percebi ao longo desse tempo que eu deveria me entregar e que no fundo eu gosto mesmo é do jeito que tu fala comigo, da forma carinhosa que tu pronuncia meu nome ou das inúmeros formas que tu resolve me chamar carinhosamente. Gosto quando tu resolve colocar a palavra MEU antes de qualquer frase para falar sobre nós. Sim, só assim, consigo me sentir teu, todo teu, e se é pra me sentir propriedade, que tu sejas quem me administra. Gosto do jeito que tu sussurra no meu ouvido, do jeito que as palavras bailam na minha mente e percorrem por toda minha alma indo direto em direção ao meu coração. E é do teu olhar que vem a melhor parte: ele me envolve, me faz perceber que não preciso de mais nada, mas não custa nada também me entregar uma porção de sorrisos do tipo igualzinho ao teu. Gosto ainda mais da forma que entrelaça tuas mãos nas minhas e como tu brincas com os meus dedos e faz questão sempre de dizer como ficaria bem uma aliança no meu dedo anelar, e de forma boba, de como tu sorri só de imaginar. Gosto mesmo quando tu me inclui no teu presente e em todos os teus planos futuros... E assim, me faz gostar ainda mais de ver cada expressão tua, seja ainda dormindo, ou fazendo alguma coisa que requer tanta atenção, cada gesto teu, só teu, me faz me sentir completo. Gosto muito mais da forma que tu cuidas de mim, das tuas ações, manifestações, gestos, trejeitos e da forma como tu cuida do próximo - o que te faz ser ainda mais especial. E assim percebo, que no fundo eu gosto de ti por inteiro – inclusive dos teus defeitos, que não são poucos, mas nem demais pra me fazer ficar longe desse amor verdadeiro. Gosto da forma que tu me torna único aos teus olhos. Gosto de ser teu amor e de exalar amor por ti a cada novo amanhecer. Gosto, e te amo de todas as formas possíveis e de todos os ângulos cabíveis. Gosto da nossa vivencia, da convivência, do nosso laçar, da nossa eternidade, mesmo que passageira neste plano terrestre… Gosto, e como eu gosto. Gosto tanto, que eu roubo um trecho de uma música que define exatamente o que eu sinto por ti. Então assim, quero te dizer além das breves linhas que formam este meu desabafo, que eu troco minha paz por um beijo teu, que eu troco meu destino pra viver o teu, que eu troco minha cama pra dormir na tua, que eu troco mil estrelas pra te dar a lua, e tudo que você quiser, e se você quiser, sim, eu te dou o meu sobrenome. Aceita?